Se há tempo que, egoisticamente, não consigo prescindir, é do tempo para mim.
Para me cuidar, para me dedicar aos meus guilty pleasures... Para deixar a cabeça em branco, deixá-la inundar de pensamentos aleatórios que não combinam nem com preto e depois deixar que no meio da bagunça tudo faça sentido de novo, o meu sentido.
É ótimo ter tempo para me ouvir em silêncio. Já pensei em anotar todas as maluqueiras que penso enquanto olho o teto do meu quarto ou os nódulos da madeira da porta, enquanto escolho qualquer coisa no frigorífico ou visto umas collants.
E quando estou em frente ao espelho da casa de banho na minha espécie de rotina... Ah sim! As conversas que sozinha tenho comigo própria e com tantas outras pessoas que conheço ou que espero um dia conhecer.
E à noite, se há coisa que a minha pele pede quando chega ao final do dia é de uma boa limpeza. Ainda mais se me maquilhei. Não é daquelas limpezas de quem vai ao momento SPA. Mas daquelas que mesmo menos fortes não se restringem a passar água pelo rosto.
E começo por me passar um algodão embebido em desmaquilhante bifásico, sobretudo nos olhos e nos lábios.
Depois espalho o meu sabão de limpeza com um pouco de água por todo o rosto, e utilizo uma escova de limpeza de pele para garantir que está mesmo a ser limpo.
Enxugo com uma toalha e passo o tónico.
Pulverizo água termal, deixo atuar e seco a pele com um lenço de papel.
Coloco o sérum, o creme de olhos e o creme ou o óleo de rosto (mesmo bem nutritivo) por cima de tudo.
Bem... mas estes momentos de cuidados não são ditadores, pelo que não é uma rotina obrigatória e imperativa. Por vezes salto alguns passos ou vario no produto, porque é necessário "ouvir" a pele e perceber o que ela está a pedir. Por vezes ela está mais seca e reativa e não utilizo água nem escova. Ou pode estar mais oleosa e não coloco cremes tão nutritivos ou óleos. E penso que esse é o melhor truque - ouvir e comprender a pele.
Depois, depois vou dormir! Adaptar-me.